segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pearl Harbor: "O dia da Infâmia"

Entrada do Complexo Historico de Pearl Harbor. Detalhe veteranos tem vaga reservada no estacionamento.

O dia era 7 de dezembro de 1941. A Segunda Guerra Mundial devastava a Europa. Alemanha, Japão e Itália se uniram em busca de novos mercados para bens produzidos por suas industrias. Os Estados Unidos da América ainda não entrara no conflito, mas era apenas uma questão de tempo, ou melhor, pouco tempo. Dias antes uma frota de seis porta-aviões carregando 353 aviões japoneses partia de sua terra natal com destino ao seu alvo: a base naval norte americana de Pearl Harbor onde estava ancorada toda a frota Norte Americana do Pacifico, cerca de 30 navios de guerra.

Imagens da Batalha


O Japão ainda não havia declarado guerra aos Estados Unidos, o telegrama formal seria entregue ainda naquela manha, logo após o inicio dos ataques traiçoeiros. 353 aviões japoneses partiram de navios porta-aviões localizados a 12 milhas da ilha de Oahu onde estava a base. As primeiras bombas foram lançadas pela primeira leva de aviões as 7:55 da manha.

Museus, Memoriais, Submarinos e
Navios de Guerra
No ataque vários navios foram afundados, campos de pouso foram destruídos e aeronaves bombardeadas além das perdas materiais cerca de 1.900 marinheiros e soldados americanos perderam suas vidas. Foi o maior e mais traiçoeiro ataque em solo americano arquitetado por uma naçao. Um excelente estratégia de guerra que entrou para a historia "O dia da Infâmia".

Hoje Pearl Harbor além de uma base naval é uma das atraçoes da ilha havaiana de Oahu e um local onde a guerra ainda pode ser vista, sentida e ouvida para que nunca seja esquecida. Museus, memoriais e navios de guerra podem e devem ser visitados.

No complexo "Pearl Harbor Historic Sites" estão verdadeiras relíquias para aficionados em II Guerra e historia naval. Entre elas destacamos o Memorial do USS Arizona, o Museu de Pearl Harbor, o submarino americano USS Bowfin, o Museu de Submarinos, o navio de guerra USS Missouri e o Museu de Aviação do Pacifico.

1.177 homens perderam as vidas e 900 ainda permanecem dentro do naufragio
Memorial do USS Arizona
O Navio de Guerra USS Arizona é um dos símbolos do ataque a Pearl Harbor. Violentas explosões devastaram o navio e sua tripulaçao. O casco do Arizona tocou o fundo nos 20 primeiros minutos do ataque levando consigo 1.177 vidas. O antigo navio ficou completamente destruído e não pode ser reaproveitado, além disso 900 corpos ainda permanecem dentro do navio sendo assim considerado um túmulo de guerra. Em 1957 o governo dos EUA, o governo do Havai e a iniciativa privada construíram o Memorial do Arizona sobre os restos do navio, e um local para relembrarmos as vidas perdidas naquele dia. Os nomes dos marinheiros estão pra sempre gravados nas paredes do memorial e partes do navio emergem na maré seca apenas para lembrarmos que apesar do tempo o massacre aconteceu de verdade.  Para chegarmos até ele é necessário pegar um barco que faz o transporte a cada 15 minutos. Hoje os veteranos que desejarem descansar em paz ao lado dos colegas que se foram podem ter suas cinzas depositadas dentro do interior do naufragio.

O Museu de Pearl Harbor
Ao chegarmos do memorial a visita ao museu de Pearl Harbor se faz necessária. La é possível entender melhor o ataque e observar artefatos retirados do navio. Os restos de um torpedo aéreo japonês que realmente explodiu é um dos artefatos mais interessantes, bem como uma maquete em escala do naufrágio do USS Arizona e do Memorial e roupas manchadas de sangue usadas por aquele quesocorreram os feridos.

USS Bowfin. O Submarino da Vingança
O Submarino USS Bowfin
USS Bowfin vista da torre
O submarino SS287 ou USS Bowfin é também conhecido como o submarino da vingança porque foi o que mais afundou embarcacoes japonesas. O submarino é aberto a visitação e é possível visitar boa parte dele. A visita se inicia pelo convés onde podemos descer para a sala de torpedos de vante, seguimos pelo compartimento dos oficiais, sala de comando, sala de comunicacoes, acomodacoes da tripulação, sala de maquinas, sala de controles eletricos, finalizando com a a sala de torpedos de ré. E incrível imaginarmos a vida a bordo de embarcacoes como essa, observar os detalhes e imaginar a angustia da espera. As tripulacoes de submarinos, seja qual fosse a causa, pela sua coragem são verdadeiros heróis.

Esses copinhos de isopor eram iguais sendo que o da esquerda foi levado a 1300m de profundidade
O Museu de Submarinos
Para mergulhadores é uma atracao a parte. Dezenas de artefatos nos lembram a evolução dessas embarcacoes. Um item exposto é o hélice do primeiro submarino japonês capturado, encalhado em uma das ilhas de Oahu, assim como a ficha do primeiro prisioneiro feito pelos americanos na segunda guerra tripulante do submarino. Outro artefato interessante é um copinho de isopor deformado devido a pressão após ser levado a 1.300m de profundidade.

USS Missouri, onde foi assinada a rendiçao japonesa
USS Missouri
Ao lado do memorial do Arizona esta ancorado o navio de guerra USS Missouri que também se encontrava em Pearl Harbor no dia do ataque. No entanto sua importância se da porque foi em seu convés que foi assinada a rendição japonesa em setembro de 1945, no exato local encontra-se um marco comemorativo do fim da guerra. O navio não esta mais em serviço e esta aberto a visitação, é possível visitar boa parte de suas instalacoes, seu interior, sala de comando, etc. Em seu convés estão seus imensos canhões, metralhadoras em 270m de comprimento e 60 metros de altura.

Novas aeronaves recem adquiridas pelo Museu de Aviação do Pacifico
Museu de Aviação do Pacifico
Varias aeronaves podem ser vistas no museu. São dezenas de aviões, helicópteros e artefatos relacionados a aviação. A direcao do museu recentemente adquiriu novos aviões para exposição. La também se encontram os resto de um Zero, avião japonês que após o ataque fez um pouso forcado na ilha de Ni'hau. Seu piloto escapou do pouso e foi acolhido por descendentes de japoneses que ali moravam. Após ser descoberto foi morto após uma luta difícil pelo havaiano que o descobriu.

Texto e Fotos
Marcus Davis


(Obs.: Teclado em Ingles, desculpem os erros ortograficos)

Um comentário:

  1. Estive lá, em janeiro de 2011 e, realmente tudo impressiona. Embora, nao seja descendente de nenhum país envolvido neste ataque, me emocionei em estar pisando num lugar, onde tantas vidas foram ceifadas. Muito bem relatado, o autor está de parabéns.

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