quinta-feira, 12 de abril de 2012

Abertas inscrições para curso de Arqueologia Subaquática

Estudante de arqueologia da Universidade do Chipre pesquisa naufrágio em Mazotos, no mar Mediterrâneo.  (Foto: Escritório de Imprensa, Ministério do Interior, Chipre)
O Instituto de Ciências do Mar - Labomar/UFC, em parceria com a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a operadora de mergulho Mar do Ceará, promove no período de 23 a 28 de abril curso de extensão em Arqueologia Subaquática. O curso será ministrado pelo Prof. Dr. Flávio Rizzi Calippo; um dos representantes da UNESCO no Brasil, referente à Proteção do Patrimônio Cultural Submerso. O curso será ministrado nos moldes da Convenção da UNESCO sobre a Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático de 2001.

A Arqueologia Subaquática é uma subdisciplina da ciência arqueológica que estuda os sítios, os objetos, os vestígios humanos e as paisagens submersas. Deve ser situada no contexto mais abrangente da arqueologia marítima, que estuda a relação do homem com os oceanos, os lagos e os rios e é completada pela arqueologia náutica, que estuda a construção e a utilização dos navios (UNESCO).

O intuito do curso é o de fomentar o surgimento de novos grupos de pesquisa em Arqueologia Subaquática, coordenados por arqueólogos mergulhadores. Estes grupos poderão atuar em prol da proteção e da gestão sustentável dos recursos arqueológicos submersos.

As atividades teóricas do curso serão realizadas no auditório do Labomar. As atividades práticas serão realizadas em piscina e através de mergulhos em naufrágios no litoral do Ceará.

Estudantes dos cursos de graduação, pós-graduação, pesquisadores e demais interessados, favor clicar aqui para realizar download do folder com detalhes sobre o curso e inscrições, que serão realizadas até 18 de abril. 

Mais informações pelo e-mail petoceanografiaufc@gmail.com ou pelo telefone (85) 3366-7019       (Secretaria do curso de graduação em Oceanografia).

Atualizações sobre o curso serão postadas nos sites do LABOMAR (www.labomar.ufc.br) e do PET Oceanografia (www.petoceanografia.ufc.br/portal).

Organização: Prof. Dr. Marcelo Soares Oliveira e PET/UFC Oceanografia


Fonte: 
Prof. Dr. Marcelo Soares Oliveira (Labomar) 
Thaysa Portela (PET Oceanografia)
Instituto de Ciências do Mar

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Curso de Arqueologia Subaquática

Labomar, Mar do Ceará e UFPI apresentam: Curso de Arqueologia Subaquática ministrado pelo Dr. Flávio Calippo. 

Curso de Arqueologia Subaquática
                                                                                                                                     
Período: 23 a 28 de abril de 2012
Módulo Básico – Carga horária: 24h – Mergulhadores e não–mergulhadores
Módulo Avançado – Carga horária: 16h – Mergulhadores


Programação: 23 de abril – 18h às 22h – Teórico
                         24 e 25 de abril – 14h às 18h e 18h às 22 h  – Teórico
                         26 de abril – 14h às 18h – Aula na praia – Teórico-Prático
                                              16h às 22h – Aula na piscina do Naútico Atlético Cearense
                         27 de abril – 08h às 12h e 14 às 18 h – Mergulho no Naufrágio Macau
                         28 de abril – 08h às 12h – Naufrágio do Titãzinho (Fortaleza)                                                                          


Taxa de material: Módulo Básico: R$ 30,00 (não–mergulhadores)
                              Módulo Avançado: R$ 220,00 (apenas para mergulhadores certificados)          


Formas de Pagamento:  50% na inscrição – 50% no início do curso


Locais de Inscrição: LABOMAR – Av. da Abolição, 3207 – sala do PET Oceanografia
                                   Mar do Ceará – Av. João Pessoa, 5834
                                   04 à 18 de Abril de 2012


Maiores informações:
www.petoceanografia.ufc.br
www.mardoceara.com.br
www.labomar.ufc.br

Canhões do Forte de Jericoacoara: Patrimônio Particular ou da Sociedade?

Canhões de origem holandesa esquecidos em um sítio particular.


por Augusto César
revisão Marcus Davis

Recentemente fui informado pelo pesquisador Ricardo Arruda, que ele e o Josué, o "arqueólogo-pescador" da Ponta Grossa, tinham encontrado três canhões em um sítio em Messejana. Segundo o próprio Ricardo este sítio pertencia anteriormente à Associação dos Servidores da RFFSA (Rede Ferroviária Federal), sendo vendido posteriormente para um particular permanecendo as armas no imóvel.

Pedi o endereço e fui até lá, e para minha grata surpresa lá estavam os canhões. Fotografei e passei  um e-mail para o especialista Maurício Carvalho, do site Naufrágios do Brasil, e  conforme sua opinião se tratam de uma colubrina (antiga peça de artilharia naval) provavelmente dos séc. XV ou XVI, e os outros dois petardos de tempos mais recentes. Para o pesquisador Ricardo eles eram parte da defesa  do forte de Jericoacoara, talvez ainda do período da ocupação holandesa no Nordeste  brasileiro, pois no Ceará tiveram fortificações também em Fortaleza e Camocim.

Solicitei então ao atual proprietário que ele "doasse" essas armas para a sociedade brasileira, pois as mesmas muito embora tenham ficado no imóvel, pertencem à nação. Infelizmente parece que nem todos pensam desta forma e por isso estamos correndo o risco de não contar com este belo  acervo conforme vocês podem ver.

Eis o grande risco dos acervos particulares: a descaracterização e descontextualização de peças de grande valor historico. Expostas em um jardim de um sítio distantante esses canhões não passam de velharias expostas ao tempo, mas depois de estudados e identificados corretamente passam a ter grande valor histórico para a sociedade.

Como podemos observar tratam-se de armas de grande valor histórico e arqueológico, estão bem conservadas e seriam uma boa contribuição para o aprimoramento do conhecimento sobre este período, podendo ficar  expostos e com a devida conservação, em uma das entidades que promovem preservação do patrimônio nacional.