segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Quer participar da nossa equipe? A hora é essa!

E aí? Topa?

 O Blog Mar do Ceará está selecionando novos autores! Os interessados deverão redigir uma postagem para o blog seguindo a nossa temática: "o mar do ceará" e enviar pra nós por email! O autor escolhido participará da nossa equipe e ganhará uma bolsa integral para a realização de cursos de mergulho e primeiros socorros! É o Mar do Ceará investindo no seu potencial! 

O Tema
O tema é bem abrangente portanto, sinta-se livre para escrever sobre navegação, açudes, animais aquáticos, história, mergulho, geografia, geologia, ou qualquer outro fato curioso sobre nós cearenses e suas relações com as água e mares! A postagem pode conter fotos, vídeos, ou quaisquer outras mídias, além de informações completas e precisas sobre os "Mares Cearenses".

O Envio
O candidato deverá enviar uma postagem em ".pdf" para o nosso email (mardoceara@gmail.com). No título do email escreva "Seleção de Autores" e no corpo escreva nome completo, telefone, cidade e data de nascimento com o seguinte texto logo abaixo: "Eu, (seu nome), declaro que escrevi o texto contido no arquivo .pdf em anexo a este email e autorizo a publicação do mesmo no blog Mar do Ceará." Os participantes deverão ter mais de 16 anos (com autorização dos pais). Os textos serão recebidos até o dia 30 de janeiro de 2014. 

A Seleção
As postagens serão avaliadas e os três finalistas terão suas obras publicadas no blog. A melhor postagem será escolhida por nossa equipe. 

O Comprometimento
O autor escolhido se compromete a escrever 04 postagens por mês no período de 06 meses. O não cumprimento dos termos acima acarretará na perda imediata da premiação.

A Premiação
Como premiação o autor escolhido ganhará uma bolsa integral para realização de cursos de mergulho ou primeiros socorros oferecidos por nossa Escola. O autor escolhido ganhará dois "vale-curso" a serem utilizados no período de 06 meses para o curso de Primeiros Socorroes EFR e um dos cursos de mergulho oferecidos por nossa escola (Open Waters PADI-Básico, ou Advanced Open Waters-Avançado ou Rescue Diver-Resgate, de acordo com os pré-requisitos de cada curso)! Lembre-se que para mergulhar é necessária uma avaliação médica e autorização dos pais caso o candidato seja menor de idade.

Forme-se um mergulhador usando apenas o seu conhecimento e suas habilidades!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Instrutor do Mar do Ceará faz Especialização na Alemanha


Mergulhadores saindo da água, temperatura: 7 graus.
Depois de uma temporada na escola de mergulho profissional (Divers University) em Santos embarquei para o gelo dos alpes germânicos! Como um mergulhador que se preze nunca está de férias, aproveitei uma viagem para Alemanha para fazer um especialização impossível de ser realizada nas mornas águas nordestinas: Mergulho com Roupa Seca. 

Também conhecida pelo nome em inglês Dry Suit, este tipo de equipamento foi idealizado para mergulho em águas extremamente frias possibilitando mergulho em temperaturas abaixo de zero. Outra indicação para o uso de roupa seca é em ambientes contaminados uma vez que a roupa pode isolar completamente o corpo do mergulhador do ambiente ao qual ele se encontra. Fato curioso é que a roupa seca pode ser confeccionada sem isolamento térmico, ou seja sem neoprene, evitando a "exastão térmica" em águas mornas.

Usando uma roupa seca a flutuabilidade do mergulhador é completamente alterada uma vez que todo o seu corpo esta envolto por ar que pode ser colocado ou retirado de dentro da roupa. A necessidade de lastro também é bem maior. Quanto mais lastro você usar, mais ar voce poderá colocar dentro da roupa aumentando assim o seu isolamento térmico. Sua flutuabilidade passa a ser completamente controlada através da roupa e não pelo colete equilibrador, podendo este ser usado como unidade completar de flutuabilidade. Qualquer variação de profundidade deve ser realizada com cuidado visto que o ar pode expandir-se muito rápido dentro da roupa causando uma subida descontrolada do mergulhador.


Alguns procedimentos devem ser aprendidos durante o curso como controlar um regulador em débito contínuo que pode provocar o congelamento do mecanismo interno do regulador e praticar o rolamento, caso o mergulhador fique de cabeça para baixo (nesse caso o ar irá para as pernas causando uma subida descontrolada se a situação não for revertida rapidamente).
Os mergulhadores: o pingüim, o leão marinho e o urso polar! :)

sábado, 14 de dezembro de 2013

Cursos de Primeiros Socorros serão Ministrados Regularmente em 2014

Turma animada do último curso de Primeiros Socorros EFR!
Amigos,

Entraremos em recesso até 25 de janeiro no entanto, continuamos com os serviços de recarga de ar e aluguel de equipamentos. Em 2014 teremos muitas novidades e novos cursos com foco no desenvolvimento dos mergulhadores já formados. Uma das novidades é que teremos cursos de mergulho com nitrox e de primeiros socorros ministrados regularmente! E por falar em primeiros socorros vejam fotos do último curso ministrado em nossa nova sede! 

Técnicas de RCP.
Material Didático

Técnica de Virada de Tronco com apenas um socorrista.

Cuidados com a Coluna Vertebral.

Técnica de Virada de Tronco com dois socorristas.

Montagem do Sistema de Oxigênio.
Compressões Torácicas.

Improviso de talas para luxações e fraturas.
E muito mais!!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Um Mergulho no Açude Castanhão: o olhar de um biólogo


Levamos um biólogo em nossas expedições o que resultou neste belíssimo texto! 
Aproveite!


por Pedro Bastos de Macedo Carneiro
Biólogo CRBio 59.848/05-D
Universidade Federal do Ceará
Instituto de Ciências do Mar
Laboratório de Macroalgas


O açude Castanhão é imenso. Criaturas as mais diversas dependem das suas águas. Fenômenos variados se sucedem numa intrincada e complexa rede, influenciando muito além das fronteiras da enorme área alagada. Somente alguém muito ingênuo e precipitado se arriscaria a dar respostas prontas para perguntas como: o que acontece quando se alaga uma área tão grande, cobrindo morros e vales, cidade e floresta? 

Não devemos nos enganar. Essa dúvida permanece, mesmo após anos da construção do açude. A incapacidade de entender essa complexidade, ou, pior ainda, a crença equivocada de que já conhecemos e, portanto, controlamos tudo o que ocorre no reservatório pode ser fatal para o mesmo e para as formas de vida que dependem daquela água. 

Por outro lado, acreditamos que é sim possível conhecer alguns dos segredos do reservatório. Principalmente se tivermos os recursos necessários e mantivermos a humildade de reconhecer nossas limitações. 

E é justamente com essa atitude que uma equipe vem se propondo a visitar o Castanhão. Os pontos unificadores desse grupo? A prática do mergulho autônomo e uma vontade despretensiosa de conhecer mais sobre as casas que até hoje resistem sob àquelas águas. Esses mergulhos nos permitem ter uma experiência bastante próxima ao reservatório e nos reafirmam que o maior açude do Ceará é sim bastante rico. 
Água clara no raso

Nos pontos mais profundos (onde se encontram, por exemplo, a maioria das casas submersas) a água é mais turva junto á superfície e mais transparente próximo ao fundo. Essa transparência, no entanto, demanda lanternas para ser notada, já que abaixo dos 5m a água costuma ser bastante escura.

E qual seria a explicação disso? Longe de querer encerrar a questão, podemos supor que algas microscópicas se aglomeram junto á superfície do açude numa disputa pela luz do sol, que é ingrediente fundamental para a fotossíntese.

Essa aglomeração tornaria a água mais turva nos primeiros 5m de profundidade e a disputa acabaria por consumir boa parte da luz ainda nessas partes superiores da coluna d’água. 

No fundo, água limpa mas escura
Já a escuridão impede o crescimento de plantas junto ao fundo do açude. Isso diminui o interesse dos animais pela área e não temos um ambiente particularmente rico em espécies. Com a exceção de numerosos caramujos habitando o fundo lamoso, o que se vê mais são alguns poucos cardumes de tucunaré. Por outro lado é essa aridez que torna a água transparente e permite mergulhos mais agradáveis, com a devida ajuda da luz artificial. 

Essa situação muda em locais mais rasos, próximo à margens do Castanhão. Nesses ambientes, a dinâmica das águas, luz e nutrientes é diferente dos locais mais profundos e é possível observar muitas plantas aquáticas. A maioria dessas cresce enraizada no fundo do açude e, diferentemente das algas, seus corpos e seu hábito foram moldados para permitir a passagem da luz, garantindo assim que toda a planta realize fotossíntese. Isso também permite que elas sirvam de abrigo e alimentação para peixes e mergulhar nelas é como adentrar uma pequena floresta.

No fundo a vida aquática é tímida
O fato de essas plantas estarem enraizadas as diferencia de outros tipos de vegetação aquática flutuante, como os Aguapés, que, por crescerem junto à superfície da água, podem bloquear a luz e empobrecer as regiões mais profundas. Essas plantas flutuantes estão por vezes relacionadas com o aumento da poluição e não as termos encontrado foi uma boa notícia, apesar de serem freqüentes os sinais de ocupação humana próximo às margens. 

Por fim, existem corpos d’água localizados por fora da barragem. Esses pontos recebem grandes cargas de água quando as comportas do açude estão abertas, mas se apresentam como poças rasas nos períodos de estiagem. Essas poças, no entanto, permitem o florescimento de uma vegetação exuberante que destoa da paisagem árida que cerca o Castanhão nesses anos de forte seca. 

Dentro dessas poças é possível encontrar cascudos, pitús e caramujos. Numa olhada rápida, todos esses pertencentes à umas poucas espécies bem adaptadas à um regime de águas variável, mas previsivelmente violento. Quando as comportas são abertas, a água das poças é renovada e o pequeno reservatório recebe nutrientes. Por outro lado é de se esperar que a força bruta das águas cause estragos consideráveis aos seres que lá habitam. Só aqueles capazes de buscar abrigo em águas mais calmas, se agarrar fortemente às rochas e resistir deverão ser observados em futuros mergulhos.

Essa variedade de ambientes e condições, parte pequena da grande complexidade citada mais acima, pôde ser observada em nossos mergulhos. Elas exemplificam e reforçam a necessidade de pensarmos o açude Castanhão tendo sempre em mente que ele se trata de um ambiente vasto e heterogêneo. 

É claro que em nossas visitas despretensiosas não sairíamos conhecendo todo o reservatório. E nem era essa nossa pretensão. Mas observar in loco a diversidade do açude e o esforço em tentar compreendê-la é, de fato, recompensador. E saber que essa visita pode estimular novas incursões mais ainda.


Fotos Marcus Davis

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Livro com Imagens Submarinas é Lançado em Fortaleza

Três autores residentes em Fortaleza uniram-se na publicação de Olhares Submersos. O livro organizado por Augusto César contém um olhar particular que esses autores tem do mundo marinho. Os autores Erika Beaux sulista, residente em Fortaleza com suas fotos em destaque do Caribe e Fernando de Noronha; Ruver Bandeira, filho da terra e destaque na fotografia cearense traz um poucos de suas viagens pelo mundo; e o doutor Tito Lotufo, paulista, residente na capital e com um expressivo trabalho de pesquisas sobre seres marinhos apresenta um pouco de seu arquivo para nossos olhos curiosos!

Esta publicação que aconteceu no último dia 25 de novembro no Hotel Oásis Atlântico em Fortaleza foi um marco no Mergulho Cearense!  Organizador e autores estão de parabéns bem como as instituições patrocinadoras e apoiadoras deste projeto!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Expedição de Reconhecimento em Icapuí: teste de sonda (e de espírito aventureiro!)

Vele improvisada em um barco a motor!
Em um fim de semana de novembro um grupo de mergulhadores partiu para Ponta Grossa com dois objetivos: aventurar-se e aprimorar seus conhecimentos na leitura equipamentos de sondagem do fundo marinho. Queríamos fazer um reconhecimento da área entorno de Barra Grande, em Icapuí, mas não objetivávamos mergulhar e sim ganhar mais intimidade com a sonda tipo sidescan

Viajamos de Fortaleza para Ponta Grossa. Cinco tripulantes divididos em dois carros cheios de equipamento. Pernoitamos e saímos em um confortável horário: 10:00 da manhã. O planejamento era o seguinte: navegaríamos duas horas até Barra Grande, funcionaríamos o equipamento por duas horas, portanto deveríamos iniciar o retorno por volta das 14:00 ou às 15:00 no mais tardar chegando em Ponta Grossa no máximo às 17:00 horas. Como sabemos expedições desse tipo são cheias de imprevistos. Desde incidentes técnicos à falhas humanas toda operação é passível de atrasos. Precavido é  aquele que conta com ele. Não fomos e partimos com com suprimento limitado de água e comida. Éramos um total de nove cuecas em uma relativamente confortável embarcação. Entre biólogos, historiadores, mergulhadores, velejadores e pescadores: a paixão pelo mar.

Tudo correu muito bem durante a operação de sondagem. Encontramos um marcador no meio do mar que, em uma sincronizada comunicação, localizou nosso barco. Ligamos o equipamento que funcionou sem maiores problemas. Fizemos várias leituras do fundo com nosso equipamento que se mostrou extremamente útil. Por volta das 15:00 horas paramos para um banho de mar antes das previstas duas horas de navegação até Ponta Grossa. O mestre desligou o motor para não nos colocar em risco com as hélices do barco.

Estávamos prontos para partir e ao tentar ligar o motor, o comandante nos dá uma triste notícia: a bateria "arriou". Alguma fuga de corrente à descarregou. Nos voltamos todos para ele, certos de que havia uma bateria reserva como padrão, mas não seria tão fácil... não havia bateria reserva! Nos reunimos para ponderar as opções. Levantamos uma bandeira de socorro para alguma outra embarcação que por acaso passasse por ali. Sem desespero discutimos a opção de retornar a nado, afinal estávamos à no máximo 3km da costa, mas concluímos que não seria uma opção. O mestre logo chamou um colega pelo rádio que se prontificou a ajudar-nos, mas como estava no mar, precisava retornar para terra para pegar uma bateria reserva (que ele também não possuía à bordo de seu barco) e só então vir à nosso encontro. Previsão de retorno: 20:00 horas. O clima à bordo não baixou. Tínhamos água e em breve estaríamos em terra firme. Relaxamos.

Mas como nessas horas é difícil relaxar em um barco parado e cheio de homens do mar e do ar, logo apareceu alguém com uma lona e uma ideia: "vamos fazer uma vela!" O vento estava a nosso favor e poderíamos nos aproximar mais de nosso destino. Demos a palavra a nosso velejador Augusto César e seu colega de infância, o paraglider Carlão Prestes que nos acompanhavam. Ambos posicionaram a vela e iniciamos nossa "derrota". "Aperta aqui, e afrouxa aquele cabo!" - dizíamos. Com o mestre no leme e os marinheiros nos velames navegamos margeando a costa. Desviando de currais de pesca e enchendo a vela percorremos cerca de 10km em direção ao nosso socorro. Vibramos!
Lançamos a âncora quando nos aproximamos demais da terra e não tínhamos equipamentos para dar um bordo. Agora só nos restava contar outras mentiras e esperar a ajuda! Algumas horas depois, por volta das 20:30h, o barco nos encontrou e em meio a um mar revolto e com uma manobra espetacular nos passaram uma bateria e mantimentos que recebemos e agradecemos com muito carinho. O motor pegou de primeira!

Navegamos a noite e por volta das 22:00 chegamos ao nosso porto. Uma pequena catraia foi ao nosso encontro para nos levar para terra firme. Ela vinha silenciosa. Seu motor quebrou... Isso mesmo. Sofríamos o segundo prego de motor do dia! O forte vento deixou o mar revolto e as ondas molharam as velas do motor da pequena embarcação. Mas não foi nada para experientes velejadores! Chegamos enxarcardos e famintos com um banquete posto à nossa espera no restaurante do Sidrak!

Como diria meu amigo Augusto César: "Foi tudo verdade!" 

Participaram da Expedição:
Josué Crispim - Arqueólogo Amador
Ricardo Arruda - Cinegrafista
Augusto César - Mergulhador/Velejador
Carlão Prestes - Paraglider
Pedro Bastos - Mergulhador/Biólogo
Victor Emanuel - Mergulhador/Mar do Ceará
Marcus Davis - Mergulhador/Mar do Ceará

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Curso de Mergulho para Piscicultores em Jaguaribara


Desde a construção do Açude Castanhão que as águas do Rio Jaguaribe possuem diversas finalidades. Uma das atividades que mais se desenvolveu foi a aquicultura (cultivo de peixes) em detrimento da sofrida agricultura. Investidores privados, cooperativas e associações obtêm licença junto ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) para uso das margens do açude e montar suas fazendas empregando milhares de pessoas em sua cadeia produtiva.

As fazendas possuem dezenas de enormes tanques-redes imersos no açude em até 6m de profundidade e criam dentro deles toneladas de peixes que são vendidos no mercado interno e externo. Os funcionários dessas fazendas muitas vezes tem que mergulhar para realizar a manutenção dos tanques e a maioria deles não sabem o mínimo necessário para preservar sua segurança. 

Tal atividade tem se especializado cada vez mais nos últimos anos e diversas inovações tem sido observadas entre os fazendeiros do ramo. A fim de preservar a segurança e aumentar a eficiência de seus funcionários que os proprietários da "Fazenda Jaburu" contrataram a equipe do Mar do Ceará para ministrar curso de mergulho recreativo para seus colaboradores que muitas vezes realizavam tarefas na água sem nenhum treinamento (muitos mergulhavam sem saber técnicas básicas de equalização).

É importante que os funcionários dessas fazendas que exercem tais atividades tenham pleno conhecimento dos perigos inerentes à atividade de mergulho e aprendam seguramente como evitá-los! O curso durou 05 dias com aulas pela manhã e a noite em um total de 30 horas/aula e os candidatos que atingiram a pontuação mínima de 75% foram aprovados! Esperamos que mais piscicultores sigam este exemplo e capacitem seus funcionários e valorizem seu material humano!

Outra capacitação extremamente útil seria o Curso de Primeiros Socorros EFR em que os alunos aprendem técnicas básicas para lidar com vítimas de traumas e enfermidades enquanto chega o socorro médico.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

U-869 - O Submarino Perdido de Hitler (Documentário em Português)

Se você ainda não leu o livro "Mergulho Na Escuridão" não sabe o que está perdendo! Uma estória emocionante sobre como dois mergulhadores descobriram e identificaram um submarino da Segunda Guerra Mundial! Assista ao documentário completo em Português! 
Fonte:
BrasilMergulho

domingo, 27 de outubro de 2013

Novo Endereço do Mar do Ceará

Nova Sede do Mar do Ceará
Amigos,

O Mar do Ceará nasceu de um interesse crescente sobre a história de nossos mares. Um pequeno grupo de mergulhadores  juntou-se em 2006 com o único objetivo de trazer para a superfície as estórias dos naufrágios ocorridos em nossos mares e nos quais mergulhávamos.

Posteriormente a visibilidade e o interesse de outros em nossos trabalhos gerou a necessidade de qualificarmos mais mergulhadores. Nascia assim a escola de mergulho recreativo Mar do Ceará formando centenas de novos mergulhares que tornaram-se destaques em diversas áreas do mergulho cearense. Os melhores fotógrafos e cinegrafistas subaquáticos, mergulhadores técnicos, divemasters de nosso Estado tiveram sua passagem por nossas salas de aula!

Em 2009 ainda sem uma sede fixa formamos nosso primeiro curso de mergulho: uma turma de Advanced Open Waters PADI evidenciando a tendência do MDC de trabalhar com mergulhadores bem preparados para os mares cearenses. Apenas em 2010 montamos o escritório na Avenida Heráclito Graça que funcionou bem (apesar das constantes enchentes nos períodos de chuva) até novembro do ano passado e onde a maioria de nossos mergulhadores foi formada. No entanto, com o fim de nosso contrato de locação entregamos as chaves e mudamos para nossa nova sede!

Gostaríamos de convidá-los para a inauguração da nova base do Mar do Ceará que montamos com muito carinho para recebê-los na próxima terça-feira, dia 29 de outubro a partir das 18:00 horas na Avenida João Pessoa, 5834, em anexo ao Posto Damas no bairro Montese. Agora oferecemos para nossos alunos segurança 24 horas, estacionamento gratuito, loja de conveniência, piscina, estação de recargas e sala de aula climatizada tudo isso em um só lugar! Apesar de distante do mar deixamos a Aldeota para uma localização mais central na cidade, mais ou menos equidistante dos diversos bairros para que assim possamos servir a todos igualmente!

Venha conhecer! Terça, 29 de outubro a partir das 18:00!
Clique aqui para conhecer as rotas!

domingo, 13 de outubro de 2013

Fauna Marinha Cearense - Baiacú Cofre


Baiacú Cofre na Pedra da Risca do Meio em Fortaleza.

Nome científico: Acanthostracion polygonia

Nomes comuns: Baiacú de Chifre, Baiacú Cofre.

Status internacional: Não Ameaçado.

Distribuição: Na costa oeste do Atlântico de New Jersey nos EUA ao sul do Brazil, incluindo Antilhas e Caribe, mas ausente no Golfo do México.

Habitat: Peixe recifal encontrado em recifes submersos de 3 a 80m.

Tamanho: Máximo 50cm.

Descrição: Possui padrões hexagonais distribuídos por todo o corpo com a área entre eles dourada ou branca. Coloraçao azulada no ventre, lados e nadadeira.

Dieta: Alimenta-se de pequenos camarões, esponjas e algas. 

Curiosidades: Muito comum nos mares do nordeste, apresenta reações diversas a mergulhadores.

Fonte:
FishBase
Humann, DeLoach; Reef Fish Identification - Florida, Caribbean, Bahamas; 3a Edição, New World Publications, Inc.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Barco Naufraga e é Recuperado em Barra Nova


"Black", barco de pesca procedente de Icapuí, naufragado em Aracati na boca da barra, em Barra Nova.
Na noite de primeiro de setembro um barco pesqueiro naufragou no litoral de Aracati. Pescadores relataram que durante a noite uma das tábuas do casco se soltou e a água começou a entrar. O único que estava acordado chamou os outros que ainda conseguiram navegar ao encontro de outro barco de pesca que estava na região. Todos se Salvaram. 

O barco não afundou mas virou e continuou flutuando emborcado derivando até o litoral do Morro Branco. Um grande esforço empregado por vários pares de mãos conseguiram desvirá-lo em alto mar e rebocá-lo até Barra Nova.

Uma equipe do Mar do Ceará estava na região realizando uma operação de mergulho científico com a Universidade Estadual do Ceará prestou ajuda na operação de salvatagem. "Solicitaram um mergulhador para amarrar um cabo por bombordo da embarcação que flutuava com este lado para baixo. A ideia era outros dois barcos o puxassem por boreste e assim desvira-lo por completo, deu certo". Depois de desvirado o barco foi rebocado para dentro do Rio Choró, que deságua em Barra Nova.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Uma Testemunha do Naufrágio do Macau

Um LST nos dias de hoje da mesma classe do Naufrágio Macau
(ambos fabricados pela Marinha Norte-America durante a Segunda Guerra).

Encontrei na web o relato de uma testemunha ocular do naufrágio do Navio Mercante Macau. Bevenuto Paiva é natural da cidade litorânea também chamada Macau no Rio Grande do Norte. Na década de 60 Bevenuto servia à Marinha do Brasil como tripulante da Corveta Ipiranga quando saíram em missão de socorro à um navio cargueiro que combatia um incêndio. Segue abaixo seu relato extraído do site O baú de Macau:

"Mergulhou para sempre.

Fatos ocorrem em nossas vidas que deixam marcas indeléveis mesmo que não se trate de ocorrências físicas pessoais . Para quem vive a vida do mar, fatos deixam suas marcas que jamais serão esquecidas, ainda quando isso não nos liga a uma determinada coisa ou objeto. Quero falar do afundamento do navio mercante Macau, por ocasião do seu mergulho para o fundo do mar, a uma distancia de cento e cinquenta milhas [sic] da costa de Aracati. Este navio, era da marinha americana e foi adquirido pela Companhia de Navegação São Jorge e transformado num navio mercante. O proprietário rebatizou-o com o nome de Macau em homenagem á cidade que tem a maior produção de sal do país. Outros navios já ostentaram em sua popa esse nome quando navegaram por outros mares, sendo que o primeiro, durante a primeira guerra mundial foi torpedeado na Europa. Esse que afundou na costa do Ceara foi último mercante a ostentar esse nome, o que embora seja “a cidade que já teve” como é dito sempre em rodinhas de conversas , mas continuará com o seu nome expandido em todas as partes do mundo, por tudo que possuí de bom e pelo o amor que lhe dedicam os seus filhos. 

Este navio teve um fim tráfico, num incêndio que sua guarnição não conseguiu debelar, visto ser carga muito explosiva — barris de álcool e sacas de açúcar — em seu convés. Levava também, vagões de trem, carrinhos de mão, além do combustível de uso. A sua guarnição foi resgatada por outro mercante. A corveta Ipiranga que saiu em socorro, não encontrou nenhum tripulante a bordo e iniciou o rebocamento que foi iniciado pela tarde e prosseguiu até quase meia noite do dia 22 de dezembro, quando os vigias perceberam que o navio estava adernando. O cabo do reboque foi cortado, pois nesse momento já representava perigo para a corveta. Ficamos na área até o afundamento total do navio, pois se ficasse flutuando colocaria em risco outras embarcações. Para o homem do mar o naufrágio de um navio é sentida assim como se perdesse uma parte de seu corpo ou um membro da família. Como o navio pertencia a Companhia de Navegação São Jorge, cada navio tinha esse santo protetor no seu mastro principal."

Curiosidade: A Corveta Ipiranga que foi em socorro do NM Macau naufragou anos depois na ilha de Fernando de Noronha.


Imagem

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Produção de Cinema no Açude Castanhão: O sertão que virou Mar e vai virar Filme!

O Projeto MapCaSAC vem rendendo frutos para a cultura cearense! Neste mês produzimos imagens para um filme realizado pela produtora Mirada Filmes

Produção de Cinema no Açude Castanhão
Uma equipe multidisciplinar embarcou para Jaguaribara com o objetivo de coletar dados técnicos e imagens sobre as casas que as águas que o Açude Castanhão cobriram. Lá encontramos com a equipe de filmagens da Mirada e juntos fizemos "altas" imagens no fundo e na superfície! Esta é apenas mais uma etapa do Projeto de Mapeamento das Casas Submersas do Açude Castanhão iniciado em novembro do ano passado. Já mapeamos diversas casas que vem sendo exploradas e documentadas, além do trabalho de campo já produzimos um artigo publicado na revista especializada Deco Stop, matérias de jornal e que venha o documentário!


Participaram da Expedição:

Alexandre Martorano .... Cinegrafista Subaquático
Lilia Guedes ................ Arqueóloga Mergulhadora
Pedro Carneiro ............ Biologo Mergulhador, Labomar UFC
Melquíades Junior ....... Jornalista, Jornal Diário do Nordeste
Bruno Gomes ............. Fotógrafo, Jornal Diário do Nordeste
Augusto César ............ Mergulhador Técnico, FPSub
Luciano Andrade ........ Mergulhador Técnico, FPSub
Marcus Davis .........CO de Mergulho, Mar do Ceará
Victor Emanuel ..... Mergulhador de Resgate, Mar do Ceará
Luziana Lima ........ Apoio de Terra, Mar do Ceará

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O Motim dos Negros da Barca Laura II

A carranca (adorno localizado na proa da embarcação) do navio negreiro Laura II naufragado na Praia do Iguape em 1839.

Eram quatro horas da tarde do dia 11 de junho de 1839, quando uma escuna se aproxima da praia de Arapaçu (atual Iguape), vinda do norte. Não conseguindo alcançá-la faz-se ao mar novamente e numa segunda tentativa consegue aportar, ficando com as velas arriadas. Ninguém foi visto a bordo.

No dia seguinte, pessoas que foram colher mariscos viram muitas pegadas sobre a areia dos morros e concluíram que as pegadas eram de pessoas que desembarcaram daquele barco misterioso. À tarde um morador comunicou ao inspetor de Arapaçu, que tinham ido à sua casa 17 homens, sendo 15 pardos, um europeu e um preto que trazia com um ferimento de faca. Todos estavam armados e fugiam, e o morador acreditava que fossem embarcadiços. Em consequência, Antônio José de Souza, o inspetor de Arapaçu resolveu ir a bordo, e com oito homens do quarteirão, em duas jangadas, transportou-se para lá. Descobriu que a escuna estava despovoada, havia, porém vestígios de sangue. Foi objeto de muitos comentários no pequeno arraial o caso da escuna que não tinha gente, mas trazia manchas de sangue.
Praia do Iguape

No dia 13, uma quinta-feira, também o inspetor do Cajueiro do Ministro reuniu os seus homens em número de 9 e se dispôs a sair no encalço dos embarcadiços. Foi informado por um passante que vira os fugitivos escondidos no mato alto. Estavam todos armados.

O europeu soube-se depois, era o português de Almada Bernardo José da Silva, andava à frente daquela turma de homens com o título de Senhor e os pretos lhe chamavam de “manjor”. O navio encalhado era o Laura II proveniente do Maranhão, o qual tinha partido dali no dia 10 de maio com carregamento de arroz, milho, farinha de trigo, manteiga, barricas vazias e dinheiro de cobre, que se avaliava em quatro ou cinco contos de réis. Era comandado pelo português Francisco Ferreira que se fazia acompanhar de seu escravo preto Antônio, incumbido da cozinha do navio, além do prático Felipe e de um contramestre. Havia ainda três marinheiros, e seis ajudantes com funções diversas; treze tripulantes ao todo. Vinham também como passageiros dois homens forros, 6 escravos e dois moleques, total de 23 pessoas. Lutando contra os ventos e as correntes, a Laura II tinha conseguido amarrar no porto de Fortaleza após 49 dias de viagem. Reabastecido de provisões, tomou o rumo de Pernambuco no dia 9 de maio e na noite seguinte achava-se apenas na altura de Arapaçu, cerca de oito léguas ao sul.

Em Fortaleza, Constantino, preto, baiano, escravo do armador, acompanhado de outros, foi à presença do capitão queixar-se do mal que passavam e da pouca comida que lhes distribuíam. A resposta do comandante foi dura: que eles mereciam era muito açoite. Humilhados, e sem esperança no seu direito, os negros começaram a se rebelar contra as condições em que viajavam. Aos poucos, a conspiração foi tomando corpo. A vingança foi acertada ao deixarem as águas de Fortaleza. Mal se aperceberam os oficiais e passageiros do navio.

O capitão foi atacado no seu camarote a golpes de faca; fugiu e se refugiou no lugar do leme, sendo lançado ao mar. O contramestre e o prático Felipe foram igualmente esfaqueados e jogados no mar. Os demais tripulantes e alguns passageiros foram assassinados a pauladas. O único que restava dos brancos foi posto a serviço dos revoltosos. Salvaram-se os que foram considerados inofensivos, como o cozinheiro do capitão, os negros passageiros, e os dois moleques. Na manhã seguinte tratou-se de repartir os despojos e fugir. Todo dinheiro de papel existente a bordo foi repartido, cabendo aos mais fortes o maior quinhão, e dando-se uma parcela menor aos passageiros.
Só pelas duas da tarde, a escuna Laura II pode avizinhar-se da terra. Previamente lhe tinha sido feito um buraco com um pé-de-cabra para que fosse a pique. No dia 11 de maio o grupo dos revoltosos fez o seu desembarque. Ganhando os tabuleiros, à mercê dos acontecimentos e sem nenhuma ideia da região em que se encontravam. 

Ao acaso tomaram a estrada do Cajueiro do Ministro, enquanto a embarcação Laura II encharcava-se e acabou imergindo na noite do dia 12 deixando apenas as pontas dos mastros. As autoridades locais, justamente indignados daquele atentado contra a vida e a propriedade, passaram a investigar, e a indagar minuciosamente pelo dinheiro e pelas mortes. Presos, os negros desmentiram todo medo com que fugiam e confessaram, com assombrosa lealdade, o que havia feito cada um, dando seu testemunho na inocência dos demais.

O que havia na consciência deles era a melhor noção do direito; entendiam que podiam partir ao meio todo senhor que os tolhesse e matar os que lhe submetiam a um tratamento injusto e desumano. De Cascavel, os presos foram transferidos para a cadeia de Fortaleza, vindo acompanhados do processo que foi iniciado naquela localidade. Grande foi a expectativa quando esta gente chegou à casa do juiz de paz Vicente Mendes Pereira, um sobrado na Rua Major Facundo. Todos queriam ver os criminosos, não pela estranheza do crime, da culpa assumida, mas pela sorte que os aguardava.

Submetidos ao júri, seis foram condenados a morte por enforcamento: João Mina, Hilário, Benedito, Antônio, Constantino e Bento. No dia 22 de outubro de 1839, no Passeio Público, Constantino - tido como chefe e mentor do ataque aos tripulantes da escuna Laura II - comandou a derradeira batalha da vida: mandou adiante cada um dos seus companheiros, e depois impávido, subindo no cadafalso como pelas vergas do Laura II, sacudiu, olhando ao redor para que vissem bem aquilo... pôs o laço e atirou-se no espaço.


Extraído do livro de João Brígido
Ceará (homens e fatos)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Curso de Mergulhador de Resgate PADI


O que você faria se seu dupla entrasse em pânico? Ou se você se deparasse com um mergulhador inconsciente? No fundo?!? Para você que já tem experiência dê mais um passo para a sua segurança! Embarque com a gente no curso Rescue Diver PADI! Neste curso você aprenderá técnicas úteis de auto-resgate e para resgatar outros mergulhadores. O curso de Mergulhador de Resgate/Rescue Diver - PADI o prepara para as adversidades que o mar pode nos oferecer. Aprenda a retirar uma vítima da água e prestar socorro da melhor forma possível. Quanto mais preparado você estiver, melhores serão seus mergulhos e sua presença a bordo dará mais segurança aos que lhe acompanham!

Pré-Requisitos
Cronograma
Próxima turma iniciando dia 24/09 (Terça). O curso tem a duração de 9 dias e segue a seguinte estrutura:
  • Dias 24, 27 de Setembro e 03, 04 de Outubro aulas teóricas (07/10 prova)
  • Dias 25. 26 de Setembro e 02 de Outubro aulas praticas na piscina
  • Dia 28 e 29 aulas praticas na praia 
  • Dia 12 de Outubro treinamento embarcado
Material Incluso
  • Manual de Mergulho de Resgate PADI
  • Carteirinha Internacional de Mergulhador de Resgate PADI
  • Certificado Rescue Diver PADI
  • Equipamentos de Mergulho (Colete, Regulador, Lastro e Cilindros)
Investimentos: 
  • Mergulhador de Resgate PADI - R$ 1.195,00 (Em até 4x nos cartões Visa ou Master)
  • Primeiros Socorros EFR - R$ 350,00 (Em até 2x)
  • Pacote Rescue + EFR - R$ 1.475,00 (Em até 4x)