quarta-feira, 27 de julho de 2016

Promoção Mês do Pais no Mar do Ceará


  • Ao realizarem duas inscrições, pai e filho ou filha, para qualquer curso no mês de agosto o pai ganha 50% de desconto;
  • Se você é pai e decidiu se dar de presente um curso de mergulho você ganha um Atlas de Naufrágios do Ceará de brinde;
  • Descontos não cumulativos;
  • Promoção válida para turmas de qualquer curso do mês de agosto;
  • Não válido para inscritos antes do lançamento da promoção;
  • Reservas até 25 de agosto;
  • Pagamento à vista apenas em espécie ou transferência bancária;
  • Pagamento à prazo em 1+2 nos cartões master ou visa;
  • Cursos personalizados não entram na promoção;
  • Confira o Calendário e reserve sua vaga;
  • Ligue ou mande um email para reservar sua vaga!

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Mulheres: como prender o cabelo antes do mergulho?

Nossa querida mergulhadora Lais antes de aprender como controlar os cabelos!

A cabeleira feminina é algo muito difícil de controlar embaixo d'água. Pode se tornar até uma questão de segurança! Sem excluir o uso da tesoura, seguem cinco dicas para dominar os cabelos revoltosos.




1. Faixinha ou bandana. O uso de uma faixa de cabelo ou uma bandana evita que o cabelo entre na máscara ao coloca-la. Esse acessório simples já ajuda bastante mas deve ser usado em conjunto com outras técnicas.





2. Trança Embutida. As tranças são formas bem eficientes de prender o cabelo. Use sua criatividade! Faça uma trança diferente em cada mergulho!






3. Ligas de Cabelo. Ao colocar várias ligas de cabelo você tem a redundância exigida no mergulho técnico! Nossa amiga Anistela Nunes mostra como!






4. Neoprene de Máscara (ou strap mask). Ao colocar uma faixa de neoprene envolvendo as ligas de silicone da máscara você evita que o cabelo "grude" nas ligas, facilitando o uso!


5. Faca ou Tesoura. São ferramentas recomendadas para livrar o mergulhador de um... enrosco! E se seu cabelo enroscar em algo no seu equipamento ou no ambiente? Pode parecer absurdo mas se seu cabelo ficar definitivamente preso o uso de uma faca ou tesoura pode ser a única solução. Por este motivo prefira uma das quatro técnicas anteriores!

* Touca de silicone. Não funciona bem e seu uso não é recomendado. 

Você pode combinar todas as quatro dicas! Mas se ainda assim seu cabelo insiste em se espalhar...


Ainda não é mergulhadora? Clique aqui e saiba como descobrir o mundo submarino!

Gostou desta matéria? Leia também Mulheres no Mergulho!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

O navio negreiro inglês Black Prince e o motim na costa do Siará


Mapa antigo da Costa do Ceará.
Navios afundam e o tempo passa. Seus fatos, relatos e estórias incríveis de luta e resistência no mar são perdidos em bibliotecas escuras e empoeiradas até que são redescobertos e trazem para nossos tempos suas memórias muitas vezes cruéis.

Uma mensagem de um amigo pesquisador, Clécio Mayrink, dizia: "Olha isso", seguido de um arquivo. Clécio me passou um artigo de 1890 de autoria do historiador Guilherme Studart que discorria acerca das necessidades de defesa da "Villa de Fortaleza" e do desembarque e naufrágios de navios estrangeiros no litoral cearense. Studart relatou especificamento os casos do naufrágio de "Cajuaes" que será explorado em outro artigo, e do navio inglês Black Prince durante o governo de Antonio José Victoriano Borges da Fonsceca.
Imagem ilustrativa

As informações apresentadas revelam que três navios estrangeiros (dois ingleses e um francês) passaram, e dois deles naufragaram, no litoral cearense. O navio negreiro inglês Black Prince comandado por "William Hawkins" e pilotado por "Thomaz Austin" partiu de Bristol em em 8 de novembro de 1768 e "veio a arribar ao Ceará" segundo uma carta do Conde de Povolide (22 de março de 1769), e foi, dos três, aquele que escapou do naufrágio e do qual trata este artigo

O Black Prince era um navio mercante negreiro mas não se sabe se seu nome (Príncipe Negro) era uma ironia a função ou referência às características físicas da embarcação. Como mercante negreiro o navio fez várias viagens à Africa. Algumas dessas viagens estão bem documentadas como uma feita em 1767 em que uma "carga" de 169 escravos foi comprada no "Senegâmbia" e entregue em Saint Louis, a colônia britânica na America do Norte, e dos que embarcaram apenas 150 chegaram com vida ao destino. Noutra viagem de 1762 o diário de bordo do navio está completamente preservado:
30 de junho ... as 3 da manhã o barco maior veio a bordo com 17 barris de água e alguns negociantes com dois escravos homens...
17 de julho ... Meu negro [seu servo negro] chamado John Prince deu uma resposta impertinente ao Sr. Thomas, terceiro oficial, e por isso estou dando a ele uma punição... pus ele nos ferros, dei uma surra nele no 4o convés e pus ele a dieta de pão e água...
dois escravos, Intregue pôs a maioria dos homens nas correntes para prevenir sua intensão...
22 de fevereiro ... descobri que os escravos estavam planejando se revoltar, botamos todos eles na mira das armas e os aquietamos, um grande número conseguiu quebrar as correntes...

O navio já havia feito mais de 10 viagens para o lucrativo e cruel comércio de escravos quando deixou o porto pela última vez sob a bandeira britânica em 1768. Partiu com seus 44 membros da tripulação entre marinheiros e oficiais e, a menos de uma semana de atracar em seu destino, sua tripulação tomou o controle do navio! Não foi o primeiro motim a bordo do Black Prince, mas foi o primeiro em que os amotinados tiveram sucesso em tomar o navio. O capitão William Hawkins e outros nove membros fiéis foram colocados em uma das embarcações de apoio e largados no Atlântico Sul. Foram forçados a utilizar ao máximo suas habilidades marítimas para retornar à segurança da terra firme.

Os amotinados então pintaram o navio, mudaram o nome para "Liberty" e rumaram para a costa do Brasil onde chegaram pelo nordeste à altura da capitania do "Siara". Parece que já naqueles tempos o Brasil era um bom refúgio para criminosos. Os revoltosos precisavam de mantimentos para seguir viagem e encontrar terras espanholas onde estariam seguros. Ingleses e espanhóis estavam em disputa pelo domínio dos mares do sul e logo os traidores estariam seguros junto aos inimigos da "coroa". 

Para conseguir provisões e continuar a viagem os piratas ingleses venderam na "Villa de Fortaleza" parte da carga que seria originalmente destinada ao comércio negreiro. E enquanto alguns dos seus (inclusive aquele escolhido como o líder do grupo) estavam na praia negociando com os "siarenses" os outros que ficaram embarcados cortaram o cabo da âncora e abandonaram seus colegas. Sabe-se que pelo menos sete foram deixados (ou abandonaram voluntariamente o grupo) no Brasil.

Em seguida os amotinados embarcados tomaram a direção das terras espanholas no caribe, ao norte. Não sem antes fazer vários disparos contra a cidade e perseguir um escuna ainda em mares alencarinos. Os disparos podem ter sido feitos a fim de inviabilizar uma possível força de reação à perseguição da escuna e ao golpe comercial. Pouco se preocuparam com os colegas ingleses deixados na praia a mercê de portugueses furiosos.

Não se sabe ao certo o que aconteceu com a tripulação de revoltosos se conseguiram ou não chegar à "Hispaniola". O The London Gazzete publicou em 29 de agosto de 1769 uma oferta de recompensa de 100 pounds para qualquer pessoa ou pessoas que trouxessem informações que levassem a captura e condenação dos traídores.

Entre os que foram abandonados no Siará segue descrição conforme a publicação da oferta de recompensa das autoridades no The London Gazzete:
William Sullivam, ou Solomon. um homem baixo e magro, rosto suave [pouco marcado], olhos castanhos, pele moreno clara, usa seu próprio cabelo [os nobres ingleses usavam perucas brancas], mais ou menos 25 anos de idade
George Meager, um homem de estatura muito alta, com o rosto [muito] marcado por cicatrizes, pele morena, usa cabelo curto, mais ou menos 30 anos de idade
Henry Beach, escolhido como Capitão [dos amotinados], um homem de estatura pequena e magra, pele morena, rosto pouco marcado, usa cabelo curto, mais ou menos 30 anos
Philip Thompson, um negro de estatura pequena e magra, cicatrizes próximas ao nariz, aproximadamente 5 pés e 4 polegadas [aprox. 1,75m] de altura, mais ou menos 26 anos de idade
Benjamin Rice, escolhido [pelos amotinados] como timoneiro, um homem de estatura pequena e magra, rosto suave [pouco marcado], pele morena clara, usa seu próprio cabelo longo, mais ou menos 28 anos de idade
John Holden, um homem alto e magro, com o rosto muito marcado e pele morena escura, usa seu próprio cabelo preto e longo, mais ou menos 30 anos de idade
Teriam sido presos? Enviados para o Reino? Executados em praça pública? Ou construído uma pousada em Canoa Quebrada?

STUDART, Guilherme;  Antonio José Victoriano Borges da Fonsceca, e seu governo pelo Dr. Guilherme Studart. Instituto do Ceará, ano IV, 3o trimestre de 1890, tomo IV. 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

O aquecimento global e sua influência no sexo das tartarugas



Não é muito difícil ouvir falar do Aquecimento Global em rádios, televisão e na internet. Esse fenômeno consiste no aumento da temperatura média do mar e do ar próximo a superfície do planeta como consequência da emissão de gases de Efeito Estufa, bem como outro poluentes. Que as consequências desse fenômeno são danosas, todos sentimos diariamente ao sair na rua. A cada dia que passa, mais reclamamos do calor, que tá aumentando.

Não é só o ser humano que percebe e sofre com essa variação não. Todos os outros seres vivos do nosso planeta sofrem com essas mudanças. Mas esse aumento de temperatura pode ser danoso principalmente para animais cujo sexo biológico é determinado pela temperatura em que ele é incubado.

Tartaruga em seu habitat natural.
Nos mamíferos, nas aves, o sexo biológico é determinado geneticamente por meio de sequências de DNA presentes nos gametas. Em mamíferos é o espermatozoide do pai que determina o sexo do filho; enquanto que em algumas aves é o gameta materno que exerce essa função. Mas em muitos dos répteis essa determinação é pela temperatura.

Quando a tartaruga chega a praia, constrói um ninho e põe os ovos nele, ela os enterra na areia para que, com a temperatura do solo, eles sejam incubados e se desenvolvam. Aí que se encontra a problemática, sabe porquê?

Dependendo da temperatura da areia em que esses ovos são incubados, eles podem gerar mais macho do que fêmeas ou o contrário. Estudos recentes apontam que temperaturas acima de 30º C no momento da incubação de ninhos de tartarugas geram um número maior de fêmeas, enquanto que temperaturas menores que 29º C, mais machos. Já entendeu a ligação com o Aquecimento Global?

Então, com o aumento das temperaturas na superfície do planeta, a areia dos ninhos acabam por esquentarem mais que o normal, gerando mais fêmeas e menos machos por ninho. Isso reflete diretamente no equilíbrio ecológico das populações de tartarugas, pois fica mais difícil da fêmea encontrar um macho para copular. Esse desequilíbrio pode estar refletindo no número de indivíduos desses grupos de animais.

Sabemos o quanto entender os fenômenos que envolvem o meio no qual vivemos é importante para a manutenção, não só de nossas vidas, dos meios naturais, principalmente. Assim, a conscientização e a educação ambiental é fundamental para a conservação da natureza. Pesquisar, ler, se informar, isso sim ajuda a melhorar.


Referências:
http://www.tamar.org.br/interna.php?cod=95;
http://www.suapesquisa.com/geografia/aquecimento_global.htm;
Imagens:
http://brasilescola.uol.com.br/upload/conteudo/images/1dabfe6f134e6f57e5c774c5e3672a7e.jpg;
https://lh3.googleusercontent.com/-5Ed_3wPa7ys/S0_Va8-VDCI/AAAAAAAAAg0/x7--GIvR5dwTRXmN4iDtSR40HhzQgq1GgCCo/s640/Parque_Marinho_Risca_do_Meio%2B-%2BAlta%2BResolu%25C3%25A7%25C3%25A3o%2B%252870%2529.jpg;
https://lh3.googleusercontent.com/-fB4qvpg6N0k/Uks5Jp22BFI/AAAAAAAAFzA/3ae9TlHxRcw-LXsiuYWVSc_bO1pLW8bhgCCo/s720/IMG_3832%2Bcopy.jpg;
http://tamar.org.br/fotos/nascimento3.jpg;
http://www.tamar.org.br/fotos/ninho%20e%20postura.jpg;
http://tamar.org.br/fotos/nascimento1.jpg;
http://brasilescola.uol.com.br/upload/conteudo/images/1dabfe6f134e6f57e5c774c5e3672a7e.jpg.